Olá
pessoal !
Pois
bem, a última assembleia dos professores da rede estadual realizada no dia
11/SET/2013, no auditório da ACM conseguiu extrapolar a lotação máxima do
recinto, inclusive com considerável número de professores que sequer conseguiu
entrar no prédio.
A
quase totalidade (99,9..%) da assembleia (exceção de um voto contrário e quatro
abstenções) votou pela manutenção da greve, o que confirmou a expectativa de
que a greve da rede estadual deve caminhar com as próprias pernas.
Acreditamos
que entramos em um ponto de inflexão na relação com a SEEDUC principalmente
porque a decisão do STF reforçou o que todo professor (inclusive o não grevista)
já sabia, a greve sempre foi legal. Outra coisa que colabora para esse momento
(de inflexão) é que o próprio SEPE saiu fortalecido uma vez que a tese da
suposta ilegalidade do movimento não foi acolhida no STF.
Caso ocorresse o contrário, pesadas
multas cairiam sobre o sindicato dando fôlego à operação posta em prática pela SEEDUC
que visa legitimar e reconhecer a UPPES como a única instituição que representa os interesses dos
professores (alguns passos nesse sentido já foram dados na tentativa de
sinalizar para os não grevistas que teria sido a UPPES quem convenceu a atual
gestão da SEEDUC da necessidade de aumento e de outros benefícios).
Em
resumo, SEPE e UPPES “brigam para ter em mãos a carta sindical” [registro oficial
junto ao CNES/MTE (cadastro nacional de entidades sindicais do ministério do
trabalho e emprego)*.
*Peço
desculpas pelas letras minúsculas; mas o sono bate forte.
Retomando,
o fortalecimento do movimento pede agora que a pressão sobre a ALERJ se
intensifique, principalmente se levarmos em conta que – diferentemente dos
homens do executivo – os deputados podem ser reeleitos sequencialmente (quase
ad infinitum). Por isso acreditamos que seja
muito pouco provável que os membros da ALERJ queiram arriscar a perda dos
benefícios da sua condição parlamentar nas próximas eleições para defender um
governo que sofre crescente rejeição da opinião pública (segundo números do
IBOPE, 66% desaprovam o governo estadual).
Nossa
análise está baseada na autofagia que a própria base do governo põe em prática
toda vez que deve decidir (sob pressão da opinião pública) entre os interesses
próprios e os do governo que se apaga. Aliás, a última vez que assistimos ao autocanibalismo foi justamente na sessão que aprovou a Lei 2200 (uma matrícula, uma escola);
pois naquela sessão a base estava “independente”.
No
entanto, no dia seguinte [quando seria votado o índice de reajuste salarial
para os docentes] essa independência da base perdeu razão de ser porque não
houve pressão dos professores, in loco,
nas galerias e nas escadarias da ALERJ (como ocorrera na sessão do dia anterior).
Resultado, 8% e a promessa de que o governador vetaria a lei aprovada no dia
anterior.
A
lição é a seguinte, não podemos deixar que o episódio se repita; pois o
interesse é nosso e somos nós os únicos responsáveis por defender aquilo em que
acreditamos. Já temos o amparo legal (decisão do STF) e a força moral (justeza
da nossa causa, que é a defesa da educação pública) só resta, então,
demonstramos em números nas galerias e escadaria da ALERJ a nossa força.
Finalizando,
permanecemos em xeque porque não houve avanço significativo nas negociações com
a SEEDUC (por conta do “mantra” da má vontade e das artimanhas e, em parte, por
conta da falta de uma maior pressão). Só que agora a conjuntura está muito mais
favorável ao professorado que antes [talvez este seja o dado/fato novo que
buscávamos. Ou seja, buscávamos no passado aquilo que estava no futuro].
**A primeira imagem é da estação da Sé/SP; pois queríamos dar uma noção do quanto estava lotada a assembleia.
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